O Brasil enfrenta um cenário desafiador de desigualdade de gênero e raça, e essas desigualdades também se refletem no sistema tributário do país. Ao abordarmos a tributação sob a ótica da igualdade, é essencial entender como o sistema foi estruturado e de que maneira ele pode ser aprimorado para promover um ambiente mais justo. O conceito central desta análise está em como o Direito Tributário e a política fiscal se relacionam com as desigualdades existentes, e como os tributos impactam diferentes grupos de forma desigual.
O Estado Democrático de Direito é um conceito fundamental para entender como a tributação deve operar no Brasil. Este modelo visa garantir as liberdades individuais, a igualdade e os direitos fundamentais, por meio de um sistema jurídico que submeta até mesmo o próprio Estado às normas estabelecidas. A Constituição de 1988 consagra o Brasil como um Estado Democrático de Direito, sendo responsável por equilibrar as liberdades individuais com a garantia de igualdade social, combatendo o autoritarismo e buscando justiça para todos os cidadãos.
As políticas públicas, tributária e fiscal desempenham papéis essenciais na sociedade. As políticas públicas são as ações do governo para garantir direitos aos cidadãos, como o aumento de cotas raciais e a implementação de creches. Já a política tributária determina como os tributos são cobrados e distribuídos entre os cidadãos. No Brasil, a carga tributária é predominantemente sobre o consumo, com mais impostos incidindo sobre produtos e serviços do que sobre a renda ou riqueza das pessoas. A política fiscal, por sua vez, lida com o orçamento do Estado, direcionando os recursos arrecadados para as políticas públicas e as despesas do governo.
O modelo tributário vigente, com sua grande dependência do consumo e a pouca ênfase na tributação da renda e riqueza, impacta desproporcionalmente as classes sociais mais baixas e as mulheres e negros, que já enfrentam desigualdades estruturais. A carga tributária sobre produtos e serviços afeta, em maior escala, as camadas mais pobres da população, uma vez que elas destinam uma maior parte de sua renda para o consumo, em comparação com as camadas mais altas.
Para promover a igualdade de fato, o sistema tributário precisa passar por reformas que busquem não apenas maior progressividade, mas também que respeitem os direitos fundamentais e a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos, independentemente de sua raça ou gênero. A revisão das políticas públicas, tributária e fiscal é um passo importante para alcançar essa transformação e garantir que o Estado efetivamente cumpra sua função de promover justiça social.
Se você deseja saber mais sobre como a tributação e a igualdade se entrelaçam no contexto brasileiro, confira o artigo completo no nosso blog.

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